26 novembro, 2006

O Meio Da Queda

Pois é… eu sou o Pedro, o irmão mais novo do Guilherme. Pronto, esta identificação chega e tenho a certeza que não quererão saber mais sobre mim depois de lerem isto.

A verdade é que não tenho nada para dizer mas estava a tentar cativar a atenção. No outro dia eu ia a passar na rua e sabem o que é que acontece? Nada, estava tudo normal, mas quando virei a esquina sabem o que é que acontece? Completamente nada excepto a parte em que virei a esquina. E esse dia acabou monótono como a maior parte dos dias do tempo enquanto é dia e noite mas mais dia do que de noite.

No dia seguinte, estou na mesma rua e de repente ouço uma voz que reconheço como sendo a minha consciência a dizer:

“Vais cair e magoar-te! Toma cuidado e põe os braços à frente da cara senão ainda te estatelas todo!”

Eu não acreditei e magoei-me. Sabem que mais? Começo a ponderar seriamente a ideia de que quando pensei nisso já estava a meio da queda.

Hmm… sabem, gostava que estivesse alguém a dar sugestões para vos manter a rir ou o meu irmão não deixa isto ir para o Degredo, mas acaba por haver um problema que é o seguinte: se vocês estivessem aqui enquanto eu escrevia, já sabiam as piadas e não teria piada enquanto vocês estivessem a ler e não se estariam a rir, ou seja: o meu irmão já não deixava pôr o texto no Degredo e eu, que quero que vá que texto meu para o Degredo estaria a ficar fulo e a fazer o meu irmão diminuir o seu tempo de vida. Ok, o problema passava a ser o seguinte: quem poderia pôr o texto no Degredo? Supondo que eu pedia a outro membro do Degredo para pôr o texto, ele poderia deixar pôr, não deixar pôr por ter morto o meu irmão ou, pura e simplesmente não saber pôr.

Eu não quero degradar-me no caixão da minha morte sem um texto no Degredo portanto vou ser optimista e esperar que ele aceite.

Voltando à outra conversa, digo-vos: aceitem sempre as sugestões da consciência, ou acabam como eu: todo raspado e cheio de feridas.

Agora vamos ouvir as previsões do tempo de há dois anos na terra do Pai Natal:

“De norte a sul do país vai estar frio acompanhado de frio mais frio.”

E agora vamos às notícias:

“Houve uma revolução de muitos menores que dizem que o Pai Natalício existe, ou se não existe têm de fazer eleger rapidamente um. È pena mas todos os maiores de idade sabem que a trágica verdade que abalou com o mundo é que ele não passa de um sonho.”

O que é, não estão à espera que eu goze com as pobres crianças, pois não?

Espero que com estas notícias a maior parte das pessoas descubra que o Natal é bom, mas só quando se trata de receber, não prendas e prendas, mas prendas, prendas, prendas, prendas e prendas. Um conselho: só dá gosto abrir as prendas quando se está com a família portanto, tentem cravar aos tios ou tias mais próximos prendas ou um Natal em sua casa.

Espero que tenham gostado o meu texto. Em breve, se este texto for publicado no Degredo, talvez eu possa pensar em escrever outro.

SÉTIMO DEGREDO