17 dezembro, 2006

Cabeceireise F.C.

Olá malta, eu hoje estou aqui presente para vos ensinar que o Degredo não habita só nas pessoas. Também habita e reabilita nas equipas (bem, como era de esperar, as degradantes). E a equipa de hoje é…

(Os adeptos do porto (que apreciam este texto) dizem,
É o PORTO, é o PORTO.

Os adeptos do Benfica (bla bla bla),
Ai é o meu Benfica campeão.

Os do Sporting,
É o Sporting, só pode.)

Voltando ao secante e sequíssimo texto, digo-vos finalmente e sem mais demoras de que clube se trata afinal. É o Atlético Cabeceirense. Este clube é um exemplo de Degredo no futebol, porque é um clube onde o espírito do supremo circula nos jogadores, ou seja, caem, lesionam-se, espancam o arbitro, cortam a relva ao estádio (por mais que não seja preciso porque o estádio é de terra batida) e não têm autocarro, mas estes pormenores não interessam. Esses cavaleiros do falhanço e da morte cerebral temem um dia combater seus rivais:

Dragões Sandinenses,
Pedras Rubras,
Oliveira do Hospital,
Torcatensel,
Merelinense,
Vianense,
Mondinense,
Limianos,
Lousada,
Amares,
Cinfães da beira
E muitos, muitos mais.

Aliados (ou aliado): todos quanto quiserem. Mas na realidade são todos amigos do próximo. OK, talvez um pouquinho e só às vezes. E agora, para rematar, um pequeno hino que eu próprio inventei:

Viva o Cabeceirense,
Viva o campeão,
Vai vitorias e vai derrotas,
Vai tudo desde que demos,
Até ao fim,
No intervalo descansamos,
Comendo sopas de camarão,
E pedindo que os adeptos,
Espanquem o árbitro.

Este é o meu texto. Ah, e se fazem favor, riam-se um bocadinho! É que caso contrário eu serei executado ou escravizado pelo pai Natal, condenado a trabalhar na sua fábrica do Pólo Norte. Pode ser que um dia alguém com uma mente maquiavélica recrute os jogadores de Cabeceirense para conquistar o mundo, muhahaha, e eu quero estar lá nesse dia, para dizer,

Cabeceirense Allez!

Ah, e para quem quiser informar-se sobre este magnífico clube, que é o Atlético Cabeceirense, sempre pode dar um clique aqui. Sem mais delongas, e desejando Boas Festas,

HONÉSIO DEGREDO

09 dezembro, 2006

Data da Apoteose

Esta data, 9 de Dezembro, marca o aniversário de uma peça. Façamos-lhe uma homenagem no Degredo, a convite meu. Uma regressão no tempo, mais precisamente, até há um ano atrás. Aproximemo-nos aos poucos das 9 e meia da noite.

“Que espectáculo – disse Ele – já viste?”

O pátio da Esta – lugar frequentadíssimo pelos jovens estudantes compreendidos nas idades da escola Secundária – tinha um ambiente estranhíssimo; e era, no entanto, mesmo aquele lugar que, durante as aulas, era habitualmente preenchido por centenas de estudantes aos intervalos, a correrem para as aulas, a namorarem, a rirem, a falar. A Esta, vista de cima, tem a forma de um seis – 6 – quadrado; é uma escola simples na sua imensidão de salas mas complexa nos seus eventos, assim como qualquer outra escola.

No meio deste seis encontra-se este pátio e dentro dele uns jardins simples e simétricos; a toda a volta destes as paredes forradas de janelas todas iguais, a darem vista para corredores em todas as direcções. Durante as aulas a Esta é um lugar funcional, habitual; não é difícil de se conhecerem os cantos à casa.

(alguns cantos é que não se conhecem.)

Naquela noite, porém, a situação era diferente. O pátio era iluminado por um holofote e algumas lâmpadas sobreviventes dispostas aqui e ali; os jardins tinham uma tonalidade assustadora e sombria e o chão, de alcatrão e pedra, sólido como nunca parecera antes. Naquele lugar circulavam alguns jovens atarantados; esses jovens são membros do Teatro e não estão nos seus dias. Treinavam à última da hora o texto; tentavam dominar os nervos que alguns dos rapazes convertiam em risos histéricos e algumas das raparigas convertiam em lágrimas.

Ele repetiu o que já tinha repetido.

“Isto é bestial! Esta imagem é mesmo brutal… ali aquela já esteve a chorar e tudo… já viste o que se está a passar aqui? É… paradoxal… espectacular.”

Entre as várias interpretações que se foram dando destes momentos não tão mágicos para alguns, o tempo passava. O tempo corria, implacável; já tinham lanchado; já tinham verificado mil vezes os adereços, já se tinham maquilhado e já tinham ido à casa de banho, já tinham enchido o ginásio de cadeiras da sala de convívio e já tinham circulado até à exaustão. O tempo continuava a passar e havia quem não aguentasse. Os segundos andavam, os minutos saltavam e as horas voavam.

Aquele dia tinha chegado.

“Realmente – respondeu Eu a Ele – espectáculo é a palavra adequada.”

Aquela noite foi uma noite de aventuras e descobertas. Os Desliza ficaram a última hora a consumir-se de nervos na sala dos professores de Educação Física. As raparigas eram consoladas, os rapazes trocavam as últimas conversas antes do que parecia ser o fim do mundo. No quadro dos professores de educação física, por baixo de algumas indicações alusivas ao corta-mato, só havia uma mensagem, carregada a giz branco, que fazia impacto.

Talvez muito menos impacto do que estas palavras fazem num livro, em frente ao leitor que, decerto, vai achar uma calamidade:

“Muita merda.”

Esta frase, no mundo do teatro, quer dizer “boa sorte”. Assim como “parte uma perna”; é daquelas coisas que quem agradece é um homem morto.

Só houve uma pessoa que agradeceu e que quase que não sobrevivia.

O primo de Eu, o Deus Degredo (DD).

O leitor habitue-se a este nome. O DD é daquelas pessoas cuja própria existência é posta em dúvida, tão bizarra que é. É um rapaz tão sociável, tão simpático, tão bem educado e tão amoroso, que a escola em peso o conhece. Muitas destas pessoas tomam-no como um cromo, como um motivo de riso. Ele não se ri dessa maneira de ninguém, embora encontre motivos de riso em muitos mais factos e leve uma vida mais pura, descontraída e saudável do que os outros que se julgam os ostentadores da bandeira dos “Exemplos”.

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DD vai ter uma importância a não menosprezar nesta história e em muitas outras, é bom que o leitor se habitue. Ah, e em letras um pouco menos carregadas, abaixo da supracitada escandalosa mensagem, estava uma outra:

“Montes de merda.”

E porque é que toda a gente se sentia assim? Sem contar com toda a responsabilidade que caía aos ombros dos Desliza, sem contar com toda a gente que andou a falar bem do trabalho dos Desliza e sem contar com as centenas de pessoas que estão ansiosas por ver o espectáculo… não há motivos para ficar nervoso.

Nem sombra deles. Que ideia!

É óbvio que nunca haveria um fim do mundo se este nunca chegasse. E o fim do mundo, de facto, chegou, quando as luzes do ginásio se fecharam e veio a formadora – mesmo em cima da hora, quando até o público já se tinha calado – a correr para abrir a porta do ginásio que dava para o corredor onde os actores se encontravam, já em estado de loucura. Algumas almas aventureiras chegaram agora mesmo da casa de banho e apanharam do chão o sistema nervoso que ficou pelo caminho. As personagens da primeira cena deslocaram-se para a frente e correram.

Ai o coração que não parava.

Ai o cérebro que não pensava.

Correram, rastejando, entre os projectores e tentando evitar os cabos, e entraram, assim, no palco. O público não estava só nas bancadas; para pânico dos actores que se sentiam cada vez mais pequeninos, estava em todo o lado. Estava a toda a volta do suposto, planeado e delimitado palco; os corações dos actores dispararam e, automaticamente, perderam a virgindade em palco.

Nessa peça – que era baseada em três tragédias gregas – fez-se o possível e o impossível. Houve problemas de propagação de voz, houve dificuldades e também quem se magoasse; mas tão rápido como tinha começado acabou. As montagens de cenas, os grupos de apoio, as personagens, as mortes, as ameaças e as concretizações, passou-se tudo de um momento para o outro. Houve quem se esquecesse de tudo o que se passou lá; a ninguém ocorreram brancas.

Houve aplausos. Houve agradecimentos. Foram estrondosos; podiam ter ficado por perceber algumas falas de pessoas mais nervosas ou menos bem colocadas, mas a energia e a união do grupo transpareceu. Estavam todos lá naquela noite tão apoteótica.

Apoteose – colocação de uma pessoa na categoria dos deuses; homenagem grandiosa; cena final de certos espectáculos.

Pode não ter sido para o mundo, mas foi-o para os Desliza. Pelo menos assim está escrito, pelo menos assim ficou registado. Eu,

CAPITÃO DEGREDO

07 dezembro, 2006

Fazendo As Malas

Quaere verum. Procura a verdade. É precisamente o que eu estou a fazer, e esta pesquisa incessante pela verdade fez-me entender que ela não está cá em cima. Nem por sombras, e como quidquid latine dictum sit, altum videtur (qualquer coisa dita em latim soa profunda), digo sem medo que quinon proficit deficit, ou seja, quem não avança, anda para trás. E eu sinto-me a andar para trás na minha doutrina, mas não por muito tempo, podem marcar as minhas palavras, Franziskaner voltará a pisar terra firme.

Estou a planear uma fuga do Além. Suponho que quem ler isto se comece a interrogar; será que é possível a Alguém fugir com sucesso do Além? Bem, creio que há uma primeira vez para tudo, e eu vou ser o primeiro a consegui-lo. O palhaço do Deus Pai nem suspeita… incompetente… porque os meus pensamentos apenas sobrevivem no lado Degredo do meu cérebro, o qual ele não pode pressentir com a sua mente omnisciente que só falha neste ramo, logo, tudo corre ainda como planeado. Só espero que ele não se dê ao trabalho de inspeccionar os blogs, na sua omnipotência tão… omnipotente.

Tenho lido os textos dos meus conterrâneos terrestres, e deixo aqui o meu incentivo aos mais recentes membros do Degredo, o Irmão Degredo, o Sétimo Degredo e o Honésio Degredo. Que se iniciem nesta religião com todo o apoio aqui do Franzy, e, obviamente, da Trilogia. Sejam bem-vindos ao lado divertido, ainda que sério, e sério, ainda que divertido, desta forma de pensar, ainda de viver, e de… ah, vocês perceberam.

Enquanto que o meu reprodutor de média do computador se ocupa com uma das rádios públicas portuguesas, eu olho pelo canto do olho para ver se alguém me vigia. Isto tem sido sempre assim. Já não tenho gosto em estar no Além. O Jesus foi de férias disfarçado de jamaicano, o arcanjo Gabriel foi fazer-lhe companhia com um papagaio das Caraíbas ao ombro, e, pelo que sei, o gajo só diz asneiras do bico para fora.

Aqui no céu, há muitas casas e os diversos aldeamentos cruzam-se e descruzam-se, os jardins confundem-se em estilos, criando maravilhas visuais que apenas se equiparam à imaginação. Já declarei aqui, uma vez, estar bastante aborrecido com tanta perfeição, sim, nem o Céu nem o Inferno são agradáveis, um demasiado perfeito, outro demasiado contrário à tal perfeição. Opus dei, sim, é a obra de Deus. Isto pelo que ouvi, claro, que nunca lá pus os pés, apenas imagino como seja.

Os meus vizinhos no corredor onde durmo são duas personagens bastante peculiares. Nem sei porque Deus Pai nos juntou a todos, porque eu não tenho mesmo nada sequer comparável com estas individualidades. Um deles chama-se Há Mais Nomes. Sim, este é o nome dele, e o dito cujo disse-me que, quando andava na escola…

“Toda a gente me chamava nomes.”

Ou seria Nomes? Isso não interessa muito neste momento. Só sei que o infeliz ficou com este nome tão fora do comum porque quando os seus pais o foram registar, disse o pai,

“O que lhe chamamos, Heim?”

E respondeu a mãe,

“Heim não, Há Mais Nomes.”

E assim ficou Há Mais Nomes. Poucas palavras o conseguem descrever. Os meus amigos repararão, porém, que talvez a única palavra que se aproxime da sua concepção seja mesmo Degredo, e com maiúscula. Ele pode-se situar no aborrecimento total da condição humana. Creio que era de tal forma um módulo, um exemplo e uma direcção no sentido do vago, do puro Nada, que Deus Pai resolveu aproximá-lo de si. Isto porque o Pai sabe bem o que quer.

Deus vobiscum. Que Deus esteja contigo. Ou não, digo eu. Mas voltemos ao nosso amiguinho repelente Há Mais Nomes, bem, muito tentei eu extrair deste homem, que é um misto de coisas absolutamente vazias e por definir. Era espantosa a forma como ele respondia a tudo o que eu lhe inquiria. Eu chegava mesmo até a interrogar todo o meu ser, e a minha capacidade lhe extrair respostas. Perguntava eu,

“Gostas da natureza, Há Mais Nomes?”

E dizia-me ele,

“Nunca me fez mal. Também não impediu que eu acabasse morto, por isso, estou-me um bocado nas tintas para ela.”

“Mas não aprecias tudo o que ela te deu enquanto vivo?”

“Eu sei lá. Do que eu me lembro dela, é que tinha era uns valentes pulmões.”

Aprendi a ter menos vontade de falar com o Há Mais Nomes. Está sempre com cara de enfastiado, entediado, burro da vida, de morte cerebral iminente, decadente em termos de tudo. É do género, eu digo-lhe,

“Isso vai?”

E ele,

“O que é que vai?”

E eu ficava com cara de estúpido, com um polegar levantado, e com um sorriso parvo, a fazer figura de urso durante um segundo que parecia uma eternidade. Aprendendo a todo o instante, e desenvolvendo a minha sapiência, calei-me.

Ah, claro, e ainda há o Latinista, que dorme num outro quarto, no mesmo corredor do Além que eu. Ele é dos gajos mais mortos que eu já vi. Se o outro era vazio de significado, este é morto. Isto porque tudo o que diz di-lo numa língua que… continua morta e bem morta. Um pouco como todos no Além e no Aquém, sim, mas mesmo esses não conseguem comunicar com uma língua morta. É que eu até sou um apreciador destas frases transmissoras de verdades universais, que nos descem desde os tempos e palavras de Platão, Cícero, Horácio, Séneca, entre muitos outros. Coisas simples e bem ditas, célebres e sensatas como, por exemplo, nos disse Darth Vader,

“Luke sum ipse patrem te.”

Mas não é que o Latinista, quando estávamos todos juntos para jantar, diz ao empregado,

“Da mihi sis crustum etruscum cum omnibus.”

E o empregado,

“Quem?”

E eu, que tive a felicidade de aprender latim entre os franciscanos, rio-me do meu amigo Latinista, e traduzo.

“Parece-me que ele quer uma pizza com tudo. O mesmo para mim, e uma cola para acompanhar.”

Aquele Latinista despertou o latim que há em mim outra vez. Não se nota? Raios partam quando o vício nos apanha desprevenidos. Sic, depois de muito investigar (aquele sic quer dizer portanto, não se trata de publicidade espalhafatosa), eu creio que Deus Pai, tendo pouca experiência neste ramo da Existência, citando o Degredo como foco principal, resolveu agrupar-nos para toda a eternidade. E só tenho vontade de lhe dizer bem na cara:

“Sabes que mais? Vai à stercus!”

Mas é claro que não o disse, porque eu é que não sou tolo. Pelo menos para já não o disse, e continuo, óbvia e secretamente, a congeminar o meu plano para me pôr na alheta. Rezem por mim, caros Degredo, e público em geral. Começo a entrever uma saída. Ad infinitum e mais além,

FRANZISKANER

03 dezembro, 2006

A Pérfida Acção



Poucas coisas são, para mim, tão perfeitas como desenhos animados. A realidade dos desenhos animados é um Todo Universo paralelo, onde tudo, e digo tudo sem qualquer tipo de limite físico ou químico, é possível. Torna-se então uma escapatória feliz, que nos permite sair da realidade que nos cerca e assim atingir o deleite fugaz e breve da bidimensionalidade.

Note-se este episódio apresentado, de um desenho animado muito famoso que é as Powerpuff Girls. Bem ao jeito de uma tragédia grega, a acção começa intemporalmente em Townsville, onde um sacerdote do Clown deleita um grupo alegre de crianças numa inocente festa de aniversário. Porém, dá-se a tragédia. Um camião cheio de lixívia surge no horizonte, e por obra do Fatum, corrompe o portador de um leque sem fim de piadas secas.

E nunca tentem degradar um palhaço feliz. Tais acções têm um impacto terrível na ordem essencial do universo, pois são eles que controlam a existência cromática do Todo.

E o episódio continua, num crescendo épico, onde a tragédia e a carnificina passeiam de mãos dadas. No meio do desespero e na infinita melancolia perante um mundo pós-apocalíptico onde o Tide não faz mais sentido, Bubbles, a nova messias, surge no mundo terreno e através de um ritual memóravel, se bem que profano, consegue devolver a ordem no mundo, através da absolvição máxima dos pecados e das expressões faciais rídiculas dos habitantes de Townsville mal ouvem a música, assim evitando o dilúvio. Para além de ser um apelo ao amor e à felicidade, o episódio também é um hino à amizade, pois Bubbles não conseguiria fazer tudo sozinha. Se não fosse o heroísmo sarcástico da Buttercup, nem a liderança sábia da Blossom (que aqui faz o melhor solo de guitarra alguma vez playbackado), o mundo estaria destinado a ser um lugar... descolorido. E isso seria muito mau.

A sério que seria. Imaginem não distinguir um copo de água de um copo de cianeto. Ou então, imagem o Neo a escolher entre um comprimido algo cinzento e um comprimido algo cinzento. Para remetar, como é que seria possível distinguir um Sith de um Jedi, sendo os lightsabers todos iguais? Horrível... Para além da compreensão.

E aqui fica a lição de hoje:


O degredo personificado em lixívia corrompe palhaços felizes.


Com vocês, e hostilmente
Vilão Degredo

02 dezembro, 2006

O Começo Do Tal

Olá. Chamo-me Guilherme e sou o Honésio Degredo, gosto de fazer sketches do Gato Fedorento e jogar futebol, andar de bicicleta e de skate embora não saiba fazer muitos truques.

Sou amigo do Guilherme (grande) e portanto quem quiser saber mais morra porque eu não estou para explicar mais pormenores. Eu sou uma pessoa que já passei por cenas mortais (para as minhas costas) pois um dia trepei a um armário para ver se encontrava o brinquedo que queria, de repente desequilibrei-me e fui me enganchar numa sacas de brinquedos (pode-se dizer que as sacas eram perigosas pois tinham brinquedos mais ou menos afiados). Mas sobrevivi, portanto foi um espectáculo.

O Degredo é a forma expressiva de degradarmos o Tal.

O Degredo só começou a ser usado quando as pessoas começaram a usá-lo (o que era mais do que óbvio). O problema é que as pessoas só ligam a termos mais específicos, tais como “giro” ou “divertido”, isto para as pessoas médias. Para as crianças que se viciam a ver “Morangos com açúcar” ou “Floribella”, é “bué da fixe” ou até “demais”. O termo “Degredo” voltou de novo, hoje, neste século XXI cheio de carros a “banha de porco” ou “ketchup”, ou “mostarda”. Uma certa pessoa viciou pessoas normais para se tornarem servos. Essa pessoa é o nosso bondoso e secante Deus Degredo, e nós, seus servos, somos aclimáveis e todos aqueles que são normais aclimatar-se-iam a este reino.

Todos contrastarão connosco e quando isso tudo acontecer eu, Guilherme, sentar-me-ei numa cadeira de Paços de Ferreira a ler livros infantis e livros com 1000 páginas.

E agora um tema natalício degradante:

O pai natal fabrica kalachnikovs ou bazukas? Isto deu-se há 2 minutos atrás quando as renas do Pai Natal foram encontradas a beber 7-ups e com armas poderosas a matar um por um os duendes do Pai Natal, dificultando assim o seu emprego.

Outro tema. Os duendes do Pai Natal já estão fartos de nunca receber ordenado por mês. Passaram agora a receber de 3 em 3 anos, por isso construíram uma máquina designada por hiper calor global, que vão usar para derreter o pólo norte, não sabendo que estão a ser masoquistas.

E agora, adeus malta, tenham um bom Natal.

Ah, e no dia de Natal não acendam os fogões de sala por favor, não sabem quanto custa o fato do Pai Natal.

HONÉSIO DEGREDO

30 novembro, 2006

Deveras alimentar

Caros visitantes do Degredo, encontro-me num estado deveras lastimável. Na outra semana (finais dela, que se note), encravei uma unha e dois dias antes de recuperar totalmente apanho uma doença relacionada com a vesícula, a dois dias do meu aniversário.

Quem me dera que eu fosse o Sherlock Holmes numa das suas inúmeras aventuras, em que ele fingiu estar doente! Mas nessa história tudo serviu para prender outro “suposto” doente (quiçá mental) e descobre-se que a única pessoa que se encontra doente de momento sou… eu. Apenas eu. Somente eu, idem eu, ibidem EU.

Bem, não há nada como abrir um bom livro e deixá-lo aberto enquanto vemos televisão. Alguém que o arrume! Afinal, quem está doente sou eu!

Mas se tudo correr bem, isto passa-me já hoje. A febre demoníaca que conseguiu abalar o Deus Degredo já se lembrou de acalmar.

Meus amigos, hoje vou falar-vos do crivo de Aristóteles, o único método conhecido para a determinação dos números primos. Só eu para pegar em algo tão óbvio e específico, tal como me dar ao trabalho de criar uma pedra que não possa levantar para me dar ao trabalho de o tentar, mas, voltando ao que realmente interessa, o crivo funciona de forma simples. Exemplificando, pegando nestes números:

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30.

Para o crivo funcionar temos de tomar conhecimento pelo menos de 4 números primos.

2, 3, 5, 7.

Assim vamos eliminando os múltiplos destes números aos anteriores ficando, passo a passo, assim:

2, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17, 19, 21, 23, 25, 27, 29.
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 25, 29.
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29.
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, deixando-nos com os números primos.

Agora falando do que vai ocorrendo na Póvoa, no dia da minha infeliz indisposição apercebi-me de que a Avenida Mousinho de Albuquerque não tem uma ligação sólida em determinada altura do troço ao lado oposto da vala, para mais como nela têm cavado um buraco os terrenos não estão muito sólidos. Como também tem chovido a avenida assemelha-se a um volumoso canal de esgoto com uma cor mais para o castanho, imaginem porque será. Ainda para mais, agora com todos os cabos de electricidade e de telefone à mostra, parece que estamos dentro de uma gigantesca sala de operações. E quase me esquecia de uma ponte que colocaram provisoriamente, metálica, suja e estúpida, mas que dá bastante jeito.

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É triste isto acontecer.
É triste ver as árvores caírem.
É triste que cada vez mais se ouçam as buzinas,
É triste, mas é preciso, e mudar para melhor, muda-se sempre.

E, meus amigos, encontramo-nos a 30 de Novembro. A dois dias do meu aniversário, termino o texto que encerra o mês! Vem aí o NATAL!

DEUS DEGREDO

PS: Estou a ficar verde na mão!

PS2: Ah, é da caneta.

*Aham, *

DEUS DEGREDO

26 novembro, 2006

O Meio Da Queda

Pois é… eu sou o Pedro, o irmão mais novo do Guilherme. Pronto, esta identificação chega e tenho a certeza que não quererão saber mais sobre mim depois de lerem isto.

A verdade é que não tenho nada para dizer mas estava a tentar cativar a atenção. No outro dia eu ia a passar na rua e sabem o que é que acontece? Nada, estava tudo normal, mas quando virei a esquina sabem o que é que acontece? Completamente nada excepto a parte em que virei a esquina. E esse dia acabou monótono como a maior parte dos dias do tempo enquanto é dia e noite mas mais dia do que de noite.

No dia seguinte, estou na mesma rua e de repente ouço uma voz que reconheço como sendo a minha consciência a dizer:

“Vais cair e magoar-te! Toma cuidado e põe os braços à frente da cara senão ainda te estatelas todo!”

Eu não acreditei e magoei-me. Sabem que mais? Começo a ponderar seriamente a ideia de que quando pensei nisso já estava a meio da queda.

Hmm… sabem, gostava que estivesse alguém a dar sugestões para vos manter a rir ou o meu irmão não deixa isto ir para o Degredo, mas acaba por haver um problema que é o seguinte: se vocês estivessem aqui enquanto eu escrevia, já sabiam as piadas e não teria piada enquanto vocês estivessem a ler e não se estariam a rir, ou seja: o meu irmão já não deixava pôr o texto no Degredo e eu, que quero que vá que texto meu para o Degredo estaria a ficar fulo e a fazer o meu irmão diminuir o seu tempo de vida. Ok, o problema passava a ser o seguinte: quem poderia pôr o texto no Degredo? Supondo que eu pedia a outro membro do Degredo para pôr o texto, ele poderia deixar pôr, não deixar pôr por ter morto o meu irmão ou, pura e simplesmente não saber pôr.

Eu não quero degradar-me no caixão da minha morte sem um texto no Degredo portanto vou ser optimista e esperar que ele aceite.

Voltando à outra conversa, digo-vos: aceitem sempre as sugestões da consciência, ou acabam como eu: todo raspado e cheio de feridas.

Agora vamos ouvir as previsões do tempo de há dois anos na terra do Pai Natal:

“De norte a sul do país vai estar frio acompanhado de frio mais frio.”

E agora vamos às notícias:

“Houve uma revolução de muitos menores que dizem que o Pai Natalício existe, ou se não existe têm de fazer eleger rapidamente um. È pena mas todos os maiores de idade sabem que a trágica verdade que abalou com o mundo é que ele não passa de um sonho.”

O que é, não estão à espera que eu goze com as pobres crianças, pois não?

Espero que com estas notícias a maior parte das pessoas descubra que o Natal é bom, mas só quando se trata de receber, não prendas e prendas, mas prendas, prendas, prendas, prendas e prendas. Um conselho: só dá gosto abrir as prendas quando se está com a família portanto, tentem cravar aos tios ou tias mais próximos prendas ou um Natal em sua casa.

Espero que tenham gostado o meu texto. Em breve, se este texto for publicado no Degredo, talvez eu possa pensar em escrever outro.

SÉTIMO DEGREDO

25 novembro, 2006

As Passadeiras

Saudações, irmãos.

O meu nome é João Mesquita e eu sou o vosso Irmão Degredo.

Faço parte de todo um conjunto de filósofos que exploram as questões mais intrigantes e pertinentes da actualidade e as explicam através da teoria da essência Degredo.

Digamos que 99% da filosofia não se consegue exprimir por palavras e que permanece oculta no íntimo de cada humano. Eu esforço-me por filosofar questões simples.

Comecemos com a própria palavra: o fonema “filos”, que significa amiga em grego antigo, conhece a expressão “sofia”, que, nesta língua arcaica, é o desígnio de sabedoria. Não é que eu não tenha muitos amigos, e que não conheça muitas Sofias, só que há tantos tipos de sabedoria, e nem todos nos deixam propriamente felizes…

Nas grandes cidades há muitas ruas e muitos carros. Aos peões não é permitida a circulação na estrada, apenas nos passeios. Aqui está um problema: como é que os transeuntes se deslocam de um passeio para o outro?

Franziskaner nunca se interrogou acerca disto porque faz parte da actualidade. Foi aí que algum idiota se lembrou de inventar a passadeira. Uma designação muito pouco original. Mas afinal o que é isto? Tem este nome porque ser o lugar onde os peões “passam”? Trouxe as suas vantagens, de facto...

Mas hão-de reparar que se criou um hábito de atravessar sempre ao lado. Tanto a vinte como a dois metros, nunca no sítio certo… e isto porquê? Porque é uma seca procurar essas faixas brancas? Ou porque simplesmente estão mal colocadas? Deixo o apelo, caros anfitriães.

IRMÃO DEGREDO

21 novembro, 2006

Sopa de Pedra

Olá terráqueos, habitantes do rés-do-chão da Vida! Cheguei pela segunda vez à gare do verdadeiro conhecimento, à estação que não se mede ao metro nem ao comboio! Eu, Franziskaner, Franzy para os amigos e FF para as amigas, voltei!

(OK, estava a brincar! As minhas amigas chamam-me Farrusco! O primeiro que me ousar chamar FF leva um raio ou um trovão na cabeça, ah pois é! Não se esqueçam que eu chamo o Pai, e ele ferve em pouco oceano!)

Voltando a coisas sérias e menos mundanas, finalmente consegui instalar o Word neste computador para escrever sem que o palhaço do Blogger me coma os textos. Tive de pedir autorização ao administrador, aqui ao Deus, para poder instalar o Office, visto que aqui no céu só se usam coisas “Livres”, tipo o OpenOffice, ou aquele do Google que não me lembro como é que se chama.

“Oh, Deus, anda lá, e mesmo que tu não queiras, já que és perfeito, podes meter uma cunha na tua mente para te esqueceres que eu instalei! Hã? Temos acordo?”

Ele ainda pensou um bocado, e acabou por preferir não se esquecer daquilo, depois reparou que até já se podia ter esquecido mas eu lembrei-o só para gozar com ele. Então ele falou-me:

“O que é que o Deus Degredo responderia a isso?”

“Não sei.”

Que Degredo.

No outro dia aborreci-me de passar o tempo todo a passear nos jardins do Céu. Pá, até gosto, mas são sempre tão bonitos e tão bem trabalhados, tão impossivelmente perfeitos e tão consideravelmente bem aromatizados que uma pessoa se chateia de tanto exemplo, de tanta e invejável mestria do nosso Deus.

Refiro-me ao Deus Pai, não ao Deus Degredo. O Deus Degredo tem as suas virtudes, mas uma delas anula muitas das outras: o facto de ser um Degredo Perfeito nega todas as outras perfeições, tornando-o Degredo em todos esses ramos no qual não é Perfeito, como o Pai.

Pelo outro lado, o Pai não é perfeito no Degredo. Aqui é que está a coisa. Há gente que se diverte a provar que ele não é omnipotente, através, por exemplo, daquela mítica e abrangente pergunta:

“Pode Deus criar uma pedra que ele não possa levantar?”

Eu, Franziskaner, após tantos e tão variados estudos aqui no Além, cheguei finalmente a uma conclusão sobre Deus Pai. Ele, de facto, não pode criar uma pedra que não consiga levantar. Estará aqui provado que ele não é omnipotente? Não, meus amigos! Está aqui provado que ele não faria uma coisa dessas, e pronto, visto que

(E corrijam-me se estiver enganado)

A única criatura, com o poder da criação, que criaria uma pedra que não conseguisse levantar… quem é? Pois claro! O Deus Degredo! Há que ser Degredo para responder a certas perguntas. Deus Pai não faria essa pedra, primeiro, porque o provaria imperfeito; segundo, porque ele sabe que a única imperfeição sua é no Degredo; terceiro, porque apenas o seu colega Deus Degredo sentiria necessidade de verificar se consegue levantar uma pedra que criou de propósito para não levantar.

Aqui está… descobri a primeira utilidade do nosso Deus! Hurra!

É verdade, meus amigos, esta é a hora em que eu devia estar a relatar-vos uma das minhas aventuras degradantes à volta do mundo. Tenho muitas para contar! E sabem que mais? Acho que vou voltar aí para baixo um dia destes. Aqui em cima tudo é tão bem feito que até chateia. A única coisa Degradante para estudar são as falácias do Deus Pai, e eu já estou cansado delas.

Como por exemplo, se Deus Pai é omnipresente, porque é que pergunta ao Jesus onde é que meteu as chaves do carro? E porque é que monta puzzles, se sabe o paradeiro de todas as peças? E porque é que me faz perguntas, se sabe todas as respostas?

Começo a duvidar que ele existe, e que eu apenas estou num sonho Degradante, preso numa realidade qualquer. O Degredo, nesse caso, estaria a ensinar-me uma lição, mais uma que eu posso tirar. Nunca cessa de me surpreender.

Mais uma coisa! Sugeri ao Capitão Degredo que pusesse um contador de visitas no Blog Trilogia Degredo, mas ele ficou muito corado e disse-me que, no seu contador, só ia aparecer uma visita. A tua, sim, TU, que estás a ler isto. Por isso, já que és só TU, ele resolveu não pôr nenhum contador. Não era Degradante, era simplesmente estúpido.

E sim, as histórias do Comandante são, de facto, verídicas. Comecei a perguntar-me, olhando para o Castelo Branco, se era realmente eu quem deveria estar a usar saias. Mas era uma norma no lugar onde cresci… nem o hábito faz o monge, nem a ignorância o verdadeiro Degredo. Há sempre mais que aprender. Comandante Degredo, essa tua história dos intestinos em fúria já me começa a cheirar mal!

Aguardem novas daqui de cima!

FRANZISKANER

19 novembro, 2006

Lógica Degredo

Meus estimados amigos, eis que humildemente me apresento, e com saúde, depois do que muitos de vocês poderiam considerar fatal. Do que se tratava, indagais vós?

TIVE UMA AULA DE MATEMÁTICA QUE NÃO VINHA NO HORÁRIO!

Nota do Internet Explorer: “Ahhhhhhhhh!!” Mas calma, gente, calma aí! E não, o blog oficial do Degredo não tem vírus no seu código, escusam de estar a fazer a análise do Panda, deixem-no pacatamente a mastigar o Professor “Bambu”. E sim, eu sei que alguns de vocês até as aulas convencionais da mítica disciplina da Matemática consideram nocivas (aqui se denota a causa porque seguiram para Artes e Humanidades e essas tretas todas metafísicas). Mas eu vivo feliz este dia do nosso Senhor, porque foi, de facto, refrescante demonstrarem-me de forma deveras jovial e cortês uma verdade irrepreensível,

“O conjunto dos números naturais NÃO é equipotente com o intervalo [0, 1].”

Deixemo-nos a matutar meditar sobre a sabedoria destas palavras tão certas. Enquanto o meu pseudo professor e o nosso absoluto Deus (que se encontra, aliás, sempre presente) respiravam na mesma sala que eu, e o mesmo ar que eu, senti vibrações que não sentia há muito tempo. Era o Degredo, pois claro, mas o Degredo na filial Lógica, coisa que nunca vi. Ou seja, eu estava com o Degredo Lógico (o meu professor) e com o Degredo Puro (O Deus Degredo). O Degredo Lógico é aquela coisa que nos sacia a sede da precisão e da perfeição. O outro Degredo é aquela coisa que… é e pronto.

Cogito Ergo Degredo (Penso Logo Degredo).

Eis que o meu professor me diz:

“Podemos afirmar que a cardinalidade de um conjunto blá blá blá…”

E o meu Deus intervém:

“A criminalidade de um conjunto o quê?”

Sim, meus amigos. Descobrimos agora que, nas áreas do Degredo, há conjuntos criminosos. Penso até que se um deles encontrasse o nosso Deus na rua não hesitaria em atropelá-lo. Consegui sobreviver a este pensamento, sabendo que não sobreviveria com essa realidade. Para mal dos meus pecados, no outro dia conversei com o Franziskaner na Internet e ele disse-me que todos nós atropelamos no nosso Deus constantemente, porque ele está em todo o lado.

Ou seja, ele é um empecilho. Ou não? Temos de prever sempre estes “Ou Nãos”, e até “Ou Não Ou Nãos”. Tudo tem um outro lado. O engraçado é que o outro lado do outro lado é precisamente aquele em que estamos. Tudo isto é tão degradante como dar uma cabeçada num espelho.

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De resto, foi refrescante e rejuvenescedor. O nosso Supra Sumo (ou melhor, Supra Leite Com Chocolate, porque ele “supra-o” todo) deu-nos mais uma lição de moral, de ética, de retórica, de humanidade, com aquele ar tão natural e tão amistoso, aquele ar de quem, por detrás, tem uma confusa colónia de electrões em incessante actividade que não são regidos por nenhuma teoria inventada por Einstein.

Porque ele defendia que tudo era relativo. E o nosso Deus não é relativo com NADA.

Para acabar, deixem-me referir que o nosso amigo Franzy está a escrever uma das suas lições Degredo através da história. Admirem-no, meus amigos, ele é a prova viva de que o poder do Sentir se estende a tudo. Já procurei investigar sobre ele, mas não consegui chegar a nenhuma conclusão. Ele não tem data fixa de nascer nem morrer. Às vezes penso que ele nunca existiu, mas pode aparecer assim que o quiser. E apareceu, muitas e muitas vezes pela história. Recentemente ficou-se pelo Além e deixou de aparecer, porque o nosso Deus encarnou a pele de um jovem que nasceu há cerca de 16 anos e 10 meses e meio.

E Franziskaner, nosso viajante de honra, respeita-o, nunca se deixando Degradar pelas suas sábias palavras. Não compreendo, vocês possivelmente também não, mas tenho a certeza de que há todo um significado por detrás disto. O Degredo tem destes mistérios.

Bem, vejo que por hoje é tudo! Até à próxima!

CAPITÃO DEGREDO

16 novembro, 2006

Geração Degredo

Olá, fãs do Degredo! Devo pedir desculpas a todas vossas mercês porque eu tinha de escrever isto já há cerca de dois meses, e não sei se foi há mais tempo… e perdi três textos… não tem graça, ou talvez tenha, talvez tenham sido os poderes do nosso deus, mas enfim… isso só seria a bênção dele sobre mim, ou seja, é boa coisa ^^ hehe

Bem, vou contar as coisas mais espectaculares destes dois meses, que se passaram comigo, e demonstrar-vos um tempo que marcou a nossa história!!!!

Nestes dias têm-se passado uma miscelânea de acontecimentos bem ao gosto do nosso deus!!! Júbilo, meus amigos… uma das coisas que se passaram foi um acontecimento fofo no apoio de português, em que eu estava a ler um poema do Fernando Pessoa heterónimo, o nosso amigo Alberto Caeiro, se não estou em erro.

Estava numa parte em que tinha de dizer instintos ferozes e bla bla bla!!!... Em vez disso disse intestinos ferozes!!!!... QUE DEGREDO!!! Também disse uma bem bonita que foi em vez de dizer aristotélica, disse aritostélica! LOL

Bem os tempos foram passando e o nosso Capitão Degredo avisava-me incessantemente sobre o texto que estou a escrever agora…. Tentava lutar com os pensamentos… O meu PC crashava às vezes e já não sabia onde punha os textos… bem, são coisas…

Houve um dia em que estava eu, mais o Capitão e mais uns lacaios, aah e também o Vilão Degredo e fomos todos beber um copo de leite porque era de graça!!!!!

Aquilo foi muito melhor, ou não, do que as cervejas gloriosas e santas do nosso grande amigo do Além Franziskaner!!! Bem Franziskaner… A Mimosa é a tua grande concorrente!!!! Mas naquele momento em que bebemos sentíamo-nos relaxados, afastados de todas as preocupações… mas o vilão degredo pôs veneno no meu copo, e eu como sou finório dei o mesmo leite mas num copo diferente do Vilão, lol, ficando ele com as hemorróidas… bem feita Vilão… Bem feita!!!

Já devem ter percebido como os meus dois meses foram lindos e bem divertidos!

Agora… isto e para todos vocês… vou divulgar uma das partes da historia do Degredo, que foi sem duvida uma das mais marcantes na historia do nosso mundo.

Estou a falar da “Geração Degredo” e não da geração de Orpheu….

Esta geração foi criada nas terras floridas da Antárctida. Criada pelo nosso amigo Franziskaner, mais os seus companheiros de longa data: José Malhoa, José Castelo Branco (que foi banido depois, pelos seus actos gays, e que tentava disfarçá-los com um toque degradante, mas sem sucesso), Rui Semedo (miúdo de 5 anos que gosta de jogar a bola) e as focas (que levavam as revistas degradantes para todo o mundo).

Isto foi mais ou menos no tempo do Orpheu, mas a nossa corrente sempre foi mais moderna e futurista do que a outra, hehe. Mas nós também caímos na desgraça, que foi depois divulgada por novas pessoas, ou não, porque o Rui Semedo voltou, e com mais pinta, porque tinha varicela. Os outros eram a famosa escritora futurista e decadentista… aquela que criou a “Anita”, a outra foi a que criou o “Diário da Josefina” (que foi mais tarde usada para ser renovada e assim ser criada o “Diário da Sofia”) e a outra ainda foi a Paula Rego (esta sim e que é decadente…) tornando o Degredo, agora sim, numa maravilha contemporânea, e que faz jus ao passado!!!!

E então? Gostaram destas histórias? Eu gostei… talvez podia ter posto mais… mas acho que já foi muito, lol… só me resta dizer beijos abraços e muitos palhaços!

COMANDANTE DEGREDO ^^

14 outubro, 2006

To Read é Poder

Saudações amigos. Eu, Capitão Degredo, não pude deixar de reparar no Degredo que é traduzir um site automaticamente. E quis, para o efeito de o demonstrar, usar as palavras sábias do nosso Deus, para chegarmos todos juntos à conclusão, de que o seu poder se alarga às outras línguas, que o Degredo está com ele até na tradução automática.

Sintam o seu poder.

"It undeceives you, vilarelho, vile I air, sly, vilâneo, vilageiro and vinagreiro villain (and simplório villager) therefore your degradantemente false brain was forgotten to use the part most important (and the only a not to perhaps be used, therefore here between us, the somatosensorial cortex of it does not leave space for doubts), and wastes more time in said and gossip when, in the truth, the wisdom Banishment is not on to says of F. Person.

Eia; this left me well, ah?"

É o Degredo, não é? De facto, ele é todo-poderoso. Bem, fica já aqui para referências futuras, a fabulosa ligação para o Degredo, agora também em Inglês.

O Degredo em Inglês

CAPITÃO DEGREDO

Ler é Poder

Desengana-te, vilarelho, vil arejo, velhaco, vilâneo, vilageiro e vinagreiro vilão (e simplório aldeão) pois o teu cérebro degradantemente falso esqueceu-se de usar a parte mais importante (e talvez a única a não ser usada, pois cá entre nós, o córtex somato-sensorial dele não deixa espaço para dúvidas), e desperdiça mais tempo em ditos e falatório quando, na verdade, a sabedoria Degredo NÃO está ligada à fala de F. Pessoa.

Eia; esta saiu-me bem, ah?

(Nota do Blogger.com: “What a Banishment”, usando, para este efeito, o maravilhoso instrumento tradutor do Google.)

PORÉM, como vossemecê diz, “leiam livros”, pois então eu faço o obséquio de recomendar os livros:

"The Astonishing Hypothesis", 1994, do pai do A-Degredo-N, Sir Francis Crick;



"The Emperor’s New Mind", 1989, por Sir Roger Penrose;

P

(para vermos se esse cérebro, abismalississivamente, enormemente gigantesco -- não e só um balão deformado.)

Falando agora em coisas que a tua mente de facto compreende: nas mediáticas palavras da série (S1) da de longe conhecida C.S.I. N.Y. "A palavra escrita não tem preço, a história não se escreve da mesma maneira duas vezes".

Fica-te com esta: "Oh unfortunate one, may the Degredo never be with you." Bem, até amanhã caros amigos, o vosso Deus esta cansado (e vai deitar-se, esperando ter um longo sonho Degreeedo).

DEUS DEGREDO

05 outubro, 2006

Não Engana!



MWAHAHAHAHAHAHAH! AHAH!

Bons dias, meros mortais. Voltei, e desta vez para expressar a minha fúria perante a influência crescente do degredo, principalmente num meio há muito ignorado, como se nada fosse. Falo, pois claro, da publicidade, dos reclames, dos intervalos entre programas de televisão.

Eu ainda sou da altura onde se davam publicidades com um mínimo teor de qualidade. Lembram-se, certamente, do "Gerumpaaaaaaaaaaaaaaa...." (Get up.), ou então do não menos famoso mordomo do "Algodão não engana". Mil e umas aventuras foram narradas e consumadas nesses spots publicitários, alguns deles que se tornaram autenticos mitos. Um claro exemplo disso, é que ainda hoje questiona-se a suposta imortalidade da avózinha da Neo Blanc, que, segundo dizem, tem mais 46 anos que o Fidel Castro. Wow!

Mas hoje em dia, as coisas mudam. As publicidades que vemos todos os dias são degradantes, efémeras, não ficam na memória, tendo uma qualidade muito duvidosa. O Degredo ataca até nas áreas mais inesperadas. Hoje vemos Gifs todos pixelizados e mal feitos como publicidade para toques e bugigangas para telemóvel, vemos preços que falam, vemos animações 3-D que mais parecem que foram feitas no Power Point, e pessoas que se situam mesmo a frente de fundos psicadélicos infinitos, para promover e dar a conhecer que podem adivinhar como vai ser o nosso dia, tendo como companhia uma música mística sacada na net à pressão.

Digo, caros mortais, não vejam televisão. Leiam! Mesmo que os livros ainda sejam um meio tocado pelo Degredo, ainda não estão totalmente corruptos. E estão isentos de publicidades manipuladoras, subliminares e de má qualidade.

E queria deixar aqui um comunicado. Dois membros do lado "bom" o Degredo passaram para o meu lado. Até o Deus Degredo não os reconverter, coisa que não acontecerá, eles farão tudo o que eu mandar! O DEGREDO ESTÁ EM CRISE!

MWAHAHAHAHAHAHAHAH! AHAH! AH... ah.

Hostilmente,
Vilão Degredo


03 outubro, 2006

Rir Connosco

Tanto há que dizer que não sei. Perco a vontade de escrever porque sei que nunca nem a meio chegarei de tudo o que tenciono dizer e transmitir às pessoas. Mas sempre farei algum progresso; e, com a ajuda dos meus companheiros Degredo sei que conseguirei progredir.


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Há coisas elementares no Degredo que poucos ainda aprofundaram. Sei eu, sabe a Trilogia, desconheço se o infame Vilão também sabe, mas eu ignoro a sua nefasta e malcheirosa existência, por isso, aqui vou eu.

O Degredo tem o centro numa coisa que todos conhecem, e que todos, com o tempo, aprenderam a conhecer: a amizade. Portanto, oh, que seca, a amizade, essa treta do costume que todos os anos alguma disciplina há-de tentar definir, seja Francês, Inglês, Português. Até em Educação Física se tenta descrever a amizade. Mas nesse caso é a inimizade que temos ao teste de Cooper.

Bem, a amizade, sim, e porquê, me perguntais vós. Quando um amigo se torna receptivo, sorrindo, ele está a ser amigo, está a dar-nos um espaço do seu pensamento e tempo para interpretar a linguagem das nossas palavras e para as armazenar na sua memória. Há sempre quem seja uma espécie de onda curta: recebe o que lhe dizem mas muda de frequência, ignorando ou passando ao lado do que lhe dizem. Há esses preconceitos que toda a gente conhece, ou então aqueles mais íntimos, que ficam bem escondidos, mas que nos dão carta branca para deixar um amigo enganado a falar e a falar, ele que fale, afinal, ele há-de acabar o que tem a dizer e há de fazer valer o seu ponto, não vou ser eu que o vou impedir, mais rapidamente se cala.

É assim, por vezes. E quantas e tão variadas vezes não nos rimos? De outros? Sim, porque de pessoas que conhecemos é indelicado, não vou gozar um amigo, mas na rua todos aqueles preconceitos e inexperiências visuais (de estilos e géneros que não estamos habituados a ver) parecem inocentes e rimo-nos de pessoas que possam passar por nós. Mas rimo-nos, educada e pontualmente, tendo o cuidado da pessoa não reparar.

É a má educação educada. Mas seremos mais adultos; qual a melhor forma de gozar? Com quem é que podemos gozar eternamente? Connosco. Ou com os outros, se eles estiverem a participar, obviamente. Podemos gozar-nos mutuamente, e é disso, julgo, que nasce a amizade. A confiança de chamar gordo ao gordo e de o gordo nos chamar de gay, não porque o somos, mas porque lhe fica bem chamar-nos um nome de volta.

O Degredo cultiva isto, e muito mais. Com ele, podemos juntar os nossos conhecimentos a teorias científicas, humanas e espirituais; se, no fim, a gargalhada surgir, então estamos no bom caminho. Posso dizer que o Degredo é um upgrade da amizade comum. Ter brincadeiras degradantes é, de fora, ridículo, mas é, de dentro, o expoente da confiança e da amizade, e da juventude.

Não digo que o Degredo tenha de ser difundido. Não. Posso apelar a que ele seja reconhecido, pelo menos. Olha aqueles cromos, devem ser atrasados mentais, porque estão eles deitados no meio da rua, agora que não passam carros? Segundo o Degredo, eles não o são, se for eu e o Zé, por exemplo (Comandante Degredo), estamos deitados na estrada porque ninguém nos proíbe a isso se não incomodarmos ninguém nem sujarmos as roupas. É Degradante? E qual é o objectivo disto, e, alargando a visão, qual é o objectivo de todo o Degredo?

Divertirmo-nos, ora que esta! Sim, pura e simplesmente, saber que nos podemos rir sempre que enunciamos os nossos poderes, as nossas observações mais inoportunas quando as podemos dar, é fixe, é engraçadíssimo, é Degradante, é a maneira mais croma de passar o tempo.

Por exemplo (verídico), qual não é a reacção dos vulgares humanos que passeiam na rua, quando me vêm, Capitão Degredo, a lutar contra o Comandante Degredo, com sabres luz de plástico, nunca esquecendo as frases mais conhecidas da Guerra das Estrelas, citando uma, “Eu sou o teu pai?”

E quando vem o nosso Deus atrás? Ele, espero que já tenham percebido, pois se não o fizeram, o Degredo até se sente mal, é a essência de todo o Degredo nos dias que correm, e é a ele que vamos correndo buscar conselho. Ele consegue falar, num segundo, de Aristóteles, e, no segundo a seguir, estar a contar uma seca, mas a mais secante, daquelas que ninguém ri, a não ser quem perceba a variação Degredo daquela anedota.

É todo um mundo de variações. E de estados de espírito. Rir, por rir, por vezes. Rir só porque estamos juntos, rir do nosso Deus porque conseguiu ter uma atitude normal. E depois, claro, sempre e todos os dias, o nosso Cumprimento Degredo, algo mais do que sagrado, algo mais do que degradado.

Mas isso virá numa futura lição. Vosso,

CAPITÃO DEGREDO

01 outubro, 2006

Encontros Divinais

Olá! Bem-vindos ao portal onde tudo acontece!!

Vou-me apresentar. Eu chamo-me José Carlos e sou denominado Comandante Degredo. Eu pertenço à mítica trindade degradante, ou seja: eu, o Capitão Degredo e, é claro, o nosso Deus, o pontífice de tudo o que é Degredo.

Isto está a começar lindamente… e, para apimentar as coisas, vou explicar como é que me apercebi da existência dos meus poderes. Bem, tudo começou num dia normal, aliás até chovia se bem me recordo, uns pacatos meteoritos caíam e milhares de pessoas morriam no recinto da escola, como eu disse, um dia normal. Mas, afinal não estava assim tão normal como aparentava, porque era o primeiro dia de aulas… pois, e de um momento para o outro ouço vários sons deveras degradantes… Conseguem descobrir o que era…?

Pronto, não usem mais a cabeça porque de nada vos vai servir, porque era o nosso Deus em toda sua glória e esplendor a cantar jazz enquanto fazia sapateado.

Wow. A primeira coisa que pude fazer foi maravilhar-me e conter minhas palavras com a sua presença… Isso foi o primeiro passo para me incentivar a estudar mais sobre esta maravilha milenar e pensar sobre tudo o que nos rodeia… e foi aí que fui falar com o tal sujeito.

Ainda me lembro das suas palavras sensatas que foram “Olá, muito prazer, chamo-me Jaime e gosto de caçarola de coelho.”

Pá, é assim, eu até chorei de alegria porque era exactamente do que estava a espera….um comprimento degradante…*snif* .

De repente, no meio do nada, aparece um sujeito de estatura media como eu e com uma expressão de preocupação porque queria pedir conselhos ao deus, e ele lá deu com a sua sabedoria um conselho…. e depois o Jaime vira-se e diz que o outro sujeito chamava-se Guilherme e que era um discípulo que ia fazer uma teste para ser aprovado como Capitão Degredo…

E num gesto de simpatia com um toque leve de degredo ele deu-me a mão e disse que via em mim uma vontade imensa de me converter para o Degredo, o que aceitei logo, até acabei por fazer o teste para ser o Comandante Degredo e que passei com distinção.

Devo dizer que estudar o Degredo consegue ser um trabalho árduo e trabalhoso, mas a recompensa tem as suas maravilhas e encantos.

Não sei o que dizer, estava a pensar em falar de algumas acções que pratico para reforçar o degredo que há em mim e também em conjunto… Uma dessas acções é jogar ao draga-minas, aquele jogo maravilhoso do MSN, e inventar novos nomes para as epopeias da Anita e seus amigos (se ela tiver, claro). Nos nossos tempos livres começamos por orar as nossas orações degradantes como por exemplo frases do Star Wars e por aí adiante… vocês percebem. Ou não.

Acho que só me resta dizer beijos abraços e muitos palhaços! ^^

COMANDANTE DEGREDO

O Dia D

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Vou saudar-me como qualquer vilão que se preze faria:


MWAHAHAHAHAHAH! AHAH! AH!

Saudações, caros cidadãos do mundo. Depois de vários anos a tentar, finalmente consegui "hackar" o blog dos meus arqui-inimigos, os guardiões do Degredo. A minha vida enquanto o suposto "vilão" resume-se a uma, e apenas uma missão:

A TERMINAÇÃO DO DEGREDO!

Mas, perguntam vocês, ignóbeis usuários parasitários deste planeta - o que vem a ser o Degredo, afinal? O que me leva a desencadear uma atitude tão radical como destruir o degredo para sempre? Como qualquer vilão decente, tenho as minhas razões. Não, não é devido fruto de uma infância traumática, nem porque tenho chatos.

Vocês, meros humanos, inócuos ao verdadeiro propósito do universo, sabem tão bem quanto eu que hoje em dia tudo se tem por um preço. Vocês são conhecidos na Criação por possuírem patente de Andar Sobre Duas Patas, de serem racionais, de terem enormes colmeias de alcatrão espalhadas pela crosta terrestre. Vocês vivem no vosso apogeu, criaram um império, conturbado, mas ainda assim, um império. São a raça dominante. Já supostamente chegaram a Lua, e a vossa influência promete chegar ainda mais além. Porém, a vossa imperfeição resulta da cegueira, uma maldição que desde o início dos tempos vos foi prometida, quer em formato bíblico, quer pela vossa simples existência. Não falo em cegueira no sentido pleno do termo. Vocês são cegos. Sem que dessem conta, um novo império se ergueu, mesmo debaixo dos vossos narizes repletos de muco nasal, que por sua vez, se encontra repleto de dióxido de carbono. O degredo é agora uma realidade inerte a realidade. O degredo encontra-se em tudo, e em tudo tem a sua influência. O que se passa com o ambiente? Está a degradar-se. E as vossas nações, tão aclamadamente organizadas...? Degradam-se com conflitos inúteis, frutos de imperfeição intelectual. A sua maçã oxidou? Até no tempo existe degredo. E etecetra, etecetra... Os guardiões degredo não vêm a urgência de uma acção rápida.

Já viram como o Degredo em tudo se situa? Pode alguém com o mínimo de senso comum ficar parado face a um apocalípse iminente, consequência directa de um processo lento, mas destruidor, a que chamamos Degredo?

Eu não consigo ficar parado. E é por isso, que pretendo

TERMINAR O DEGREDO MESMO QUE PARA ISSO SEJA NECESSÁRIO SACRIFICAR O MUNDO EM QUE VIVEMOS.


E o dia do juízo final está próximo... Cada vez mais... E o meu plano, esse, é infalível! E os guardiões degredo, demasiado preocupados em salvar o seu planeta natal, não me conseguiram travar!!

MWAHAHAHAHAHAHAH! AHAH! AH! Ah... ah.

Prepara-te mundo! O VILÃO DEGREDO surgiu das trevas, como o novo messias do vosso condenado planeta Terra! Juntem-se a mim, ou enfrentem as consequências!

Até a um próximo post. Despeço-me com amizade. =)

30 setembro, 2006

Viver a História

Eis que chegou a minha vez! Pois bem, o meu nome é Franziskaner. Sou o Degredo mais antigo que é conhecido, porque fui eu o descobridor do Degredo.


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Sim, agora que já tenho net aqui em cima, vim a descobrir que uns quinhentos anos depois de eu morrer fundaram uma companhia de cervejas com o meu nome! Não é absolutamente engraçado? Vieram buscar a ideia à história da minha vida! O problema é que é alemã e aqui em cima só servem Super Bock. Mas pronto.

Bem, mas eu tenho de falar do que eu sou, e da minha relação com o Degredo. Eu diria que eu sou uma relação com o Degredo, na medida em que eu passei a vida a descobri-lo; assim eu me declaro um puro Degredo. Estas maltas jovens não sabem o que dizem. Reconheço os seus poderes, mas sejamos francos para connosco, eles ainda estão muito verdes. A Trilogia ainda tem muito para aprender, e como alega que tem muito para ensinar, concluímos que o Degredo é um assunto muito vasto.

Mas como me dei eu ao Degredo? Numa altura em que todos andavam para aqui e para lá a descobrir novos mundos, eu descobria um novo mundo dentro de mim. Sim, é estranho, mas o mundo é um lugar deveras degradante quando quer.

Todos os ensinamentos dos meus companheiros naquele castelo eram dedicados às ciências, à alquimia, à história e à filosofia. Porém, eu não gostava muito delas. Tive de as aprender e saber ensiná-las, mas havia algo mais. Alguma coisa me puxava, e eu não sabia bem o que era, porém, alguma coisa era de certeza que me andava a fazer cócegas na cabeça. Vim a saber mais tarde que era o Degredo, ora pois claro, mas na altura eu estava completamente a leste de tal.

Um dia, meus amigos, os inimigos atacam! Muitíssimos inimigos, milhões de inimigos, inimigos com armas de fogo, inimigos com espadas, inimigos com canhões, inimigos a fazer o pino, inimigos a verem os inimigos, inimigos a jogarem às cartas à espera da sua vez de atacarem.

O castelo bateu-se furiosamente, as portas resistiram durante semanas, os nossos poucos bravos mas bons fizeram os possíveis e os impossíveis e conseguiram mandar alguns inimigos para a inimigolândia.

Mas era um caso perdido. A certa altura apercebi-me de que nunca iríamos ganhar aquela guerra, quando um colega meu me disse “Nunca vamos ganhar esta guerra”. Aí eu tive uma gloriosa e luminosa ideia. Assim que a contei ao nosso Rei, ele disse-me:

“Mas que degredo.”

E foi aí que eu me apercebi da genialidade da minha ideia. Fui a correr, quer dizer, fui a passo, porque andar de chinelas é chato, ficamos cheios de calos, bem, fui até às adegas reais e contei as pipas de cerveja que para lá estavam. Ninguém tinha autorização de as beber em tempo de guerra, a não ser o rei e todos os que quisessem entrar lá à socapa, mas pronto. Chamei uns amigos meus, que me disseram:

“Ei, Franzy, que tas para aí a fazer?”

E eu contei-lhes ao ouvido a minha ideia miraculosa. E eles:

“Isso é tão degradante que é capaz de funcionar.”

E eu, mais radiante ainda, mesmo no meio de uma guerra, comecei a trabalhar na minha ideia. Provavelmente, vocês, simples humanos e humanas que estão a ler os meus escritos numa das vossas línguas, em Espanhol, quer dizer, em Português, perguntam-se, o que raio terá Franziskaner feito para deter o inimigo.

“O que raio terá Franziskaner feito para deter o inimigo?”

E eu respondo-vos, meus amigos… Eu e os meus amigos pusemo-nos dentro de uma pipa de cerveja, é claro que estava vazia, senão morríamos afogados, e pedimos a outros amigos nossos que nos pusessem, juntamente com todas as outras pipas de cerveja, em frente ao portão do castelo, do lado de dentro, e que depois abrissem as portas e nos deixassem sair, dando lanço para que as pipas rolassem até ao meio do território do Inimigo.

Eles assim fizeram, logo após terem aberto o portão, e nós rolámos, meu deus, ai se rolámos, nem vos conto as posições em que eu e os meus colegas ficámos enquanto a pipa em que estávamos rolava. Um dos meus colegas até gostou, mas não falemos mais nisso, porque eu não gostei muito.

Como o castelo fica no cimo de um ligeiro monte, as pipas rolaram umas boas dezenas de metros até de imobilizarem no campo exterior à fortificação. São de madeira rija, por isso não se desconjuntaram. Quando os inimigos que estavam próximos se começaram a aproximar, eu inspirei fundo e bati na madeira, a partir do lado de dentro. Eles ouviram, do lado de fora, um “Toc, Toc” e começaram a olhar entre si. Estaria ali dentro alguém? Por esta altura já estava eu a desapertar as trancas que fizera no lado de dentro para poder abrir a tampa da pipa, e saí. Os meus colegas acompanharam-me. Olhei em volta.

O castelo estava ligeiramente longe. À nossa volta estavam quatro ou cinco pipas, uma outra rolou até lá adiante, outra, ao rolar, levou consigo três ou quatro inimigos, bem, foi de morte santa, e uma outra ainda parara mesmo lá ao fundo, no centro do acampamento provisório do Inimigo. Eu sorri para mim mesmo, e comecei a pensar qual era o passo seguinte do meu plano. Pensei rápido, porque chegou um Inimigo chamado Horácio, que por acaso até era o Rei do Inimigo, e disse:

“Porque é que vocês saíram?”

E eu, calmamente, respondi,

“Fomos expulsos. Achavam que andávamos a beber demais da excelente cerveja de Sua Majestade, e resolveram cortar o mal pela raiz.”

“Porque é que não vos chacinaram, então?”

“Eles confiam em vós para o fazer. Afinal de contas, também se libertaram de toda a cerveja real para que os guerreiros não se distraiam. Percebe, é que são cervejas de elevada qualidade, e estas alturas não são adequadas para beber. Sabe, é que apanharam-nos dentro de esta pipa, a beber consoladamente, e tiveram, mas não diga a ninguém, tiveram ciúmes.”

“Ciúmes?”

“Sim, porque nós bebemos toda a cerveja dentro desta pipa e eles não o podem fazer agora. Bem, senhor inimigo…”

“Chame-me Horácio.”

“Senhor Horácio, então muito bom dia, acabe connosco lá, mas não se esqueça de se desfazer da cerveja em seguida, porque pode transformar os seus valentes soldados em bebedores e isso arriscá-lo-ia a perder a guerra.”

“Mas de que é que você está a falar! Como pensa que eu o iria chacinar? Inimigos do meu inimigo meus amigos são! Como se chama?”

“Franziskaner, mas os meus amigos chamam-me Franzy.”

“Franzy, fique connosco, afinal, você nem armado está, como iria eu suspeitar de si? Bem, e antes de mais, antes de destruir a cerveja, vamos prová-la, afinal, é um desperdício deitar fora cerveja tão bem recomendada sem provar um bocadinho.”

“Oh, mas esteja à vontade, que a cerveja nem é minha!”

“Mas venha comigo, bebamos juntos, a guerra ainda é uma criança e temos de nos aquecer por dentro de qualquer maneira.”

Hóracio bebeu, e deu um copo ao seu subordinado, que deu um copo ao seu colega, que também presenteou o mestre-de-armas com outro copinho, e este repartiu-o com o sargento da artilharia, que foi buscar um copinho para o capitão da infantaria que também elogiou a cerveja e regalou cada um dos seus sobreviventes heróis com um copinho, mais um, mais um. Eu olhei-os, e bebi com eles, afinal, é uma alegria quando fazemos amigos novos, mesmo que eles sejam do Inimigo. Horácio gostou muito da cerveja, e quis beber mais um bocadinho, e mais um traguinho, e só mais uma pinguinha, e mais uminha.

Pela noite, estavam todos deitados no chão a ressonar, todos menos eu, caramba, até os meus colegas beberam. Que Degredo. Bem, estando o inimigo todo a sonhar, fui bater à porta do meu castelo, deixaram-me entrar, fui ter com o Rei e perguntei-lhe,

“Senhor, visto nós sermos, em número, menos de um vigésimo do inimigo, sugiro retirarmo-nos para o seu castelo de campo.”

Ao que me disse o senhor,

“Explica o que se passou e dá-me razões para sairmos daqui com vida, com as mulheres e crianças à mão e com mantimentos para sobrevivermos até ao destino”

E eu expliquei,

“Senhor, Horácio bebeu à sua saúde e agora está a dormir. Podemos passar sem o incomodar.”

“Mas o teu plano degradante foi bem sucedido, Franziskaner?”

“Se foi, alteza.”

E FOI ASSIM, que a história do Degredo começou, vejam só, como eu, usando os meus recém-descobertos poderes, pude adormecer o Inimigo. Isto, meus amigos, é nada mais nada menos que o puro Degredo, o poder da amizade, o poder da brincadeira e da sublime maneira de pensar da forma mais simples.

Ao passarmos pelo inimigo, pintei um bigode na cara de Horácio, que dormia profundamente agarrado à sua caneca de cerveja, e acordei os meus amigos, que tinha deixado lá a dormir, e pusemo-nos a andar. Aposto que o Horácio, quando acordou, se sentiu tão humilhado que nem se apoderou do castelo nem nada.

Que belas recordações. O Degredo em todo o seu poder.

FRANZISKANER

29 setembro, 2006

A Imagem

Hurra!

Ao que parece o nosso Comandante Degredo conseguiu levar a bom termo a sua aparatosa missão. Temos, pois, motivo de júbilo na nossa corte, e esse motivo leia-se, alegria, porque o Degredo, pela primeira vez na nossa história, que remonta a Franziskaner, tem um símbolo. Referimo-nos, pois, ao Degredo Online, porque nunca a Essência desta mítica existência pode ser rotulada. Eis, perante nossos olhos, A Imagem.




Esta imagem simboliza o Cumprimento Oficial Degredo, em que três pessoas, seja a TRILOGIA, sejam três Degredo quaisquer, fazem a saudação diária Degredo. Será explicada um dia mais tarde, neste blog, numa futura lição. Sejam todos portadores de saúde.

CAPITÃO DEGREDO

Coisas Elementares

Caros Filhos, Descendentes de Seus Progenitores, amigos e família do lado degradante da Existência, quero apenas comunicar-vos duas coisas: primeiro, o porquê deste blog ser um bom blog e em segundo lugar, como é que eu sou. Bem, comecemos, em relação ao primEIRO zzzaiiiiiieopidhefei >>> ERROR

Imediat shutdown --- th!irty seconds rremaining dfiogweofwf03r 0303 « 02 «09 djfdfod f 0 3 3574 ah e tal socoooroo wyfef iejf eo não consigo funcionar 30840 i3rju kçdjg çguwpoie gea até um computador pede clemência AAAAAAhbfwhfz zzzz zzz zzz zz zzz zz zz zz zz zz zzz zz ARGH
(...)

(2 horas depois) All systems ON. Error corrected. Malfunction disabled.

…… E são estas as minhas 101 razões para visitarem o blog regularmente! Estou muito grato pela vossa atenção! Sobre mim, bem, sou tão degradante que sei as teclas do computador de cor e escrevi isto tem ter de abrir os olhos. Não é verdadeiramente fascinante? Bem, mais do que isto só mesmo “Sou o Deus Degredo, que mais poderei possivelmente dizer?”

O meu nome é Jaime Delgado e estarei sempre à humilde disposição dos meus súbditos. Apelidaram-me de DEUS DEGREDO ainda não sei bem porquê, mas é disso que se trata, não é? O facto de eu ser mesmo degradante?

Bem, fiquemos por aqui, porque eu tenho de manter as minhas leituras em dia e também tenho de fazer os tê pê cês. Prometo, ou melhor: declaro que para a próxima falarei mais sobre a minha pessoa.

Atenciosa e calorosamente, o vosso

DEUS DEGREDO

27 setembro, 2006

Um Dia Memorável

Bem-vindos, caros companheiros Degredo. Eis que chega a tão-esperada altura da nossa aliança se expandir ao Mundo. Ou melhor, de o Mundo se expandir ao Degredo.

Muito tem o Mundo a aprender connosco. Por isso, faremos com que essa aprendizagem seja o mais degradante e motivante possível. Esperemos que a criação deste blog, coisa tão terrena, humana e digital, seja mais do que isso – seja um exemplo a todos os seguidores desta filosofia.

A apresentação dos membros Degredo será feita por cada um, cada qual com o seu texto introdutivo à sua individual Degradez. Assinam com as suas designações Degredo, mas agora, por uma excepcional vez, dizemos os nossos verdadeiros nomes, para que não nos tomem por extraterrestres comuns. Isso era ocupação do Degredo Galáctico, não do nosso Degredo.

Julgam que somos um grupo de jovens cromos que se lembraram de aprofundar os seus conhecimentos no Degredo? Julgam-nos uns Nerds de primeira que se cumprimentam mesmo da forma mais Geek possível? Então acertaram.

O meu nome é Guilherme Mesquita, e o meu apelido Degredo é este:

CAPITÃO DEGREDO.

Junto com o COMANDANTE DEGREDO e com o DEUS DEGREDO formamos a TRILOGIA DEGREDO. Temos o poder de sermos o trio mais degradante que possa alguma vez ter existido. Como já disse, e repito, cada um de nós eventualmente falará, a seu devido tempo, da sua relação com o Degredo.

Aparte da TRILOGIA DEGREDO, há outras individualidades, que não são menos importantes para a cultura geral Degredo de cada um dos leitores destes textos. Limito-me a referir alguns, outros saberão apresentar-se assim que entrarem para o nosso Conselho Degradante.

Tudo começou com o nosso veneradíssimo FRANZISKANER, que começou toda uma legacia que dura até aos nossos dias. Ele saberá falar mais de si. Embora esteja morto, Deus escreve direito por linhas tortas, e arranjou um PC no além para que seu amigo Degredo, o nosso amigo Franzy, pusesse escrever regularmente os seus textos no blog que alberga as divagações literárias Degredo.

Mais actual é o nosso VILÃO DEGREDO, um puro intelectual, que através da Lógica e da Arte procura apanhar-nos desprevenidos em todos os episódios da nossa extensa experiência Degredo. Há que referir também os nossos aprendizes, que serão apresentados um dia mais tarde. São meninos-prodígio no Degredo, embora nunca conseguirem superar a TRILOGIA, e muito menos o supra-sumo da nossa arte de pensar, o DEUS DEGREDO.

Espero que gosteis do blog. Foi feito para Degradar as vossas ainda inocentes almas, e que o Degredo esteja convosco.

CAPITÃO DEGREDO